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A produção de dados e estimativas econômicas confiáveis para o dimensionamento da economia criativa tem sido um desafio no Brasil. Houve muitos avanços nos últimos anos, incluindo o Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural. Contudo, falta um indicador integrado que seja reconhecível internacionalmente e que possa dar uma dimensão simplificada, direta e compreensível do impacto econômico da criatividade para um público amplo. Para prover esse número, o Observatório propôs um projeto de construção do PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (Ecic) do Brasil. Os resultados desse processo são apresentados nesta edição. 

O primeiro artigo, assinado por Danilo Miranda, destaca a importância de aprimorar as metodologias de mensuração, medição e contabilização para tornar visível o impacto econômico da cultura no Brasil, assim como a relevância de estudos, como o desenvolvido pelo Observatório Itaú Cultural, para a formulação de políticas públicas e institucionais mais ambiciosas e bem estruturadas para o setor.

O segundo artigo é um relato das consultas feitas a especialistas nacionais e internacionais sobre quais seriam os melhores caminhos metodológicos para mensurar a economia criativa como um todo e as especificidades setoriais brasileiras. As contribuições dos especialistas nacionais foram coletadas utilizando-se o método Delphi e incorporadas ao cálculo. As colaborações dos especialistas internacionais foram integradas parcialmente e geraram mais quatro artigos para esta edição, que discutem como mensurar as inovações impostas pelas tecnologias digitais.

 

Imagem de cidade, feita com papéis coloridos e furados que forma uma cidade com vários prédios.
A cidade - Obra de Adriano Catenzaro (imagem: Adriano Catenzaro)

 

As fronteiras do digital são exploradas a partir de diferentes perspectivas e abordagens, trazendo questionamentos que vão desde a mensuração de fluxos do comércio digital, passando pela valoração de produtos gratuitos e do patrimônio digital, incluindo, ainda, questões sobre a participação cultural em ecossistemas digitais. Cada um dos artigos traz reflexões que jogam luz sobre uma extensa agenda de pesquisa. Uma discussão sobre esse cruzamento de abordagens é também organizada como artigo complementar.

Por fim, apresentamos a metodologia detalhada e os primeiros números do PIB da Ecic. Consideramos esses números como iniciais por serem fruto de um esforço contínuo de construção coletiva, que tende a ser aperfeiçoada e melhorada de acordo com a evolução dinâmica da economia criativa e com a obtenção ou a disponibilização de novos dados.

 

Boa leitura!

 

Catavento Pesquisas e Observatório Itaú Cultural